AP: o quê, porquê, para quê?
Área de Projecto – Área Curricular Não Disciplinar
O Decreto-Lei 7/2001 sobre a Reorganização Curricular do Ensino Secundário, definiu a Área de Projecto como tendo em vista a “concepção, realização e avaliação de projectos, através da articulação de saberes de diversas áreas curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos” (art. 5º, alínea a). O Decreto-Lei 74/2004 de 26 de Março e o Decreto-Lei 24/2006 de 6 de Fevereiro, que enquadraram a Reforma Curricular do Ensino Secundário, implementaram o desenho curricular dos Cursos Científico-Humanísticos e a Área de Projecto. Em 2006, orientações da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular reafirmaram a inclusão da Área de Projecto nos planos de estudo dos Cursos Científico-Humanísticos, para o 12º ano.
A Área de Projecto insere-se assim no 12º ano de escolaridade e corresponde a uma técnica não directiva de ensino que deve ser vista como uma estratégia de animação do currículo, capaz de influenciar a médio prazo a prática lectiva dos professores. Atendendo à sua natureza interdisciplinar e transdisciplinar, deve funcionar como uma actividade que tem em vista fazer com que os alunos adquiram o domínio de uma metodologia de pesquisa, através da realização de projectos concretos. No fundo, pretende-se aproximá-los do tipo de trabalho que se exige no Ensino Superior e, também, no mundo do trabalho
a) Promovendo o desenvolvimento pessoal e social;
b) Fomentando o trabalho cooperativo;
c) Aplicando processos mentais complexos;
d) Promovendo o gosto pela investigação;
e) Contribuindo para uma autonomia intelectual e cívica.
É um “vector de integração curricular ao articular o projecto educativo da escola com o conjunto das aprendizagens essenciais previstas no plano de estudo de cada curso científico-humanístico ou tecnológico” (Orientações da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 09.08.2006, p. 7).
No desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem, a metodologia do Trabalho de Projecto é considerada como o suporte de aprendizagens terminais, implicando uma reformulação da relação pedagógica, obrigando a repensar diferentes concepções dos papéis mais generalizados do professor, do aluno e da pertinência de determinados conteúdos, questionando inclusivamente os locais de aprendizagem até aqui mais difundidos nas escolas.
Isto porque o Trabalho de Projecto é uma metodologia investigativa
. centrada na resolução de problemas – que deverão ser pertinentes para quem procura resolvê-los;
. devendo ter uma ligação à sociedade na qual os alunos se integram;
. tendo igualmente que realizar-se no tempo e com as pessoas e recursos disponíveis e acessíveis;
. em que os alunos são sujeitos actuantes da sua própria aprendizagem.
Por outro lado, esta pedagogia qualitativa preconiza
. a resolução de problemas, interrogações e perplexidades com as quais os alunos são confrontados
. a continuidade do papel fundamental do professor como problematizador, apoiando igualmente as etapas do processo de descoberta. Mas é preciso que seja um Projecto dos alunos: digamos que a motivação é aqui um dos factores essenciais para a concretização da autonomia, responsabilidade e liberdades individuais pretendidas, inserindo-se este processo numa continuidade com práticas de aprendizagem supostamente já experimentadas, sobretudo ao nível da metodologia de pesquisa.
Finalidades Básicas:
. Promoção de uma cultura de liberdade, participação, reflexão:
. Desenvolvimento de atitudes cívicas responsáveis, críticas e participadas;
. Desenvolvimento de projectos de investigação que facilitem a inserção no mundo do trabalho e/ou no prosseguimento de estudos a nível superior.
Competências a desenvolver e a avaliar:
1ª- “Conceber e desenvolver experiências concretas, de qualidade, relacionadas com as suas áreas de interesse pessoal e/ou vocacional”.
2ª- “Utilizar a metodologia do trabalho de projecto – recolhendo, analisando, seleccionando informação, resolvendo problemas, tomando decisões adequadas, justificando essas decisões e comunicando-as, por escrito e oralmente, utilizando suportes diversificados, nomeadamente as novas tecnologias de informação/comunicação –, articulando, numa dimensão inter e transdisciplinar, os saberes teóricos e práticos”.
3ª- “Desenvolver projectos em grupo, nomeadamente cooperando com e respeitando o outro, organizando o trabalho e responsabilizando-se individualmente pelas tarefas atribuídas”.
4ª- “Desenvolver ou aprofundar individualmente projectos”.
(retiradas das Orientações da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 09.08.2006, p. 9).
Processo:
1- Elaboração de um projecto de trabalho
2- Apresentação
3- Eventual reformulação
(Nota: a avaliação cobre estas três etapas)
Lisete B. de Castro e Maria Manuel Ricardo em Gerir o Trabalho de Projecto dizem ser o Trabalho de Projecto um “método de trabalho que requer a participação de cada membro de um grupo, segundo as suas capacidades, com o objectivo de realizar um trabalho conjunto, decidido, planificado e organizado de comum acordo. Defende-se o experimentalismo, apela-se ao interesse dos alunos, preocupa-se em ligar a educação a objectivos pragmáticos e práticos.
O trabalho é orientado para a resolução de um problema. Este deve obedecer a certas características:
a) ser considerado importante e real por cada um dos participantes;
b) ser profissionalmente relevante para todos os participantes e/ou permitir aprendizagens novas;
c) ser de natureza tal que tenha que ser estudado/resolvido tendo em conta as condições da sociedade em que os alunos vivem.” (p. 9)
O Decreto-Lei 7/2001 sobre a Reorganização Curricular do Ensino Secundário, definiu a Área de Projecto como tendo em vista a “concepção, realização e avaliação de projectos, através da articulação de saberes de diversas áreas curriculares, em torno de problemas ou temas de pesquisa ou de intervenção, de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos” (art. 5º, alínea a). O Decreto-Lei 74/2004 de 26 de Março e o Decreto-Lei 24/2006 de 6 de Fevereiro, que enquadraram a Reforma Curricular do Ensino Secundário, implementaram o desenho curricular dos Cursos Científico-Humanísticos e a Área de Projecto. Em 2006, orientações da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular reafirmaram a inclusão da Área de Projecto nos planos de estudo dos Cursos Científico-Humanísticos, para o 12º ano.
A Área de Projecto insere-se assim no 12º ano de escolaridade e corresponde a uma técnica não directiva de ensino que deve ser vista como uma estratégia de animação do currículo, capaz de influenciar a médio prazo a prática lectiva dos professores. Atendendo à sua natureza interdisciplinar e transdisciplinar, deve funcionar como uma actividade que tem em vista fazer com que os alunos adquiram o domínio de uma metodologia de pesquisa, através da realização de projectos concretos. No fundo, pretende-se aproximá-los do tipo de trabalho que se exige no Ensino Superior e, também, no mundo do trabalho
a) Promovendo o desenvolvimento pessoal e social;
b) Fomentando o trabalho cooperativo;
c) Aplicando processos mentais complexos;
d) Promovendo o gosto pela investigação;
e) Contribuindo para uma autonomia intelectual e cívica.
É um “vector de integração curricular ao articular o projecto educativo da escola com o conjunto das aprendizagens essenciais previstas no plano de estudo de cada curso científico-humanístico ou tecnológico” (Orientações da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 09.08.2006, p. 7).
No desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem, a metodologia do Trabalho de Projecto é considerada como o suporte de aprendizagens terminais, implicando uma reformulação da relação pedagógica, obrigando a repensar diferentes concepções dos papéis mais generalizados do professor, do aluno e da pertinência de determinados conteúdos, questionando inclusivamente os locais de aprendizagem até aqui mais difundidos nas escolas.
Isto porque o Trabalho de Projecto é uma metodologia investigativa
. centrada na resolução de problemas – que deverão ser pertinentes para quem procura resolvê-los;
. devendo ter uma ligação à sociedade na qual os alunos se integram;
. tendo igualmente que realizar-se no tempo e com as pessoas e recursos disponíveis e acessíveis;
. em que os alunos são sujeitos actuantes da sua própria aprendizagem.
Por outro lado, esta pedagogia qualitativa preconiza
. a resolução de problemas, interrogações e perplexidades com as quais os alunos são confrontados
. a continuidade do papel fundamental do professor como problematizador, apoiando igualmente as etapas do processo de descoberta. Mas é preciso que seja um Projecto dos alunos: digamos que a motivação é aqui um dos factores essenciais para a concretização da autonomia, responsabilidade e liberdades individuais pretendidas, inserindo-se este processo numa continuidade com práticas de aprendizagem supostamente já experimentadas, sobretudo ao nível da metodologia de pesquisa.
Finalidades Básicas:
. Promoção de uma cultura de liberdade, participação, reflexão:
. Desenvolvimento de atitudes cívicas responsáveis, críticas e participadas;
. Desenvolvimento de projectos de investigação que facilitem a inserção no mundo do trabalho e/ou no prosseguimento de estudos a nível superior.
Competências a desenvolver e a avaliar:
1ª- “Conceber e desenvolver experiências concretas, de qualidade, relacionadas com as suas áreas de interesse pessoal e/ou vocacional”.
2ª- “Utilizar a metodologia do trabalho de projecto – recolhendo, analisando, seleccionando informação, resolvendo problemas, tomando decisões adequadas, justificando essas decisões e comunicando-as, por escrito e oralmente, utilizando suportes diversificados, nomeadamente as novas tecnologias de informação/comunicação –, articulando, numa dimensão inter e transdisciplinar, os saberes teóricos e práticos”.
3ª- “Desenvolver projectos em grupo, nomeadamente cooperando com e respeitando o outro, organizando o trabalho e responsabilizando-se individualmente pelas tarefas atribuídas”.
4ª- “Desenvolver ou aprofundar individualmente projectos”.
(retiradas das Orientações da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, 09.08.2006, p. 9).
Processo:
1- Elaboração de um projecto de trabalho
2- Apresentação
3- Eventual reformulação
(Nota: a avaliação cobre estas três etapas)
Lisete B. de Castro e Maria Manuel Ricardo em Gerir o Trabalho de Projecto dizem ser o Trabalho de Projecto um “método de trabalho que requer a participação de cada membro de um grupo, segundo as suas capacidades, com o objectivo de realizar um trabalho conjunto, decidido, planificado e organizado de comum acordo. Defende-se o experimentalismo, apela-se ao interesse dos alunos, preocupa-se em ligar a educação a objectivos pragmáticos e práticos.
O trabalho é orientado para a resolução de um problema. Este deve obedecer a certas características:
a) ser considerado importante e real por cada um dos participantes;
b) ser profissionalmente relevante para todos os participantes e/ou permitir aprendizagens novas;
c) ser de natureza tal que tenha que ser estudado/resolvido tendo em conta as condições da sociedade em que os alunos vivem.” (p. 9)
Fonte: www.min-edu.pt/
